Há uma perspectiva positiva de recuperação da economia brasileira, com previsão de crescimento do PIB de 2021 acima de 5%, segundo analistas de mercado.
Seria um alívio bem-vindo para a sociedade e o país, depois dos pesados impactos da pandemia de covid-19. No entanto, a perspectiva de recuperação em investimentos, empregos e desenvolvimento socioeconômico do Brasil pode ser ameaçada pelo suprimento de energia elétrica, insumo essencial e indispensável da sociedade moderna, e pelos fortes aumentos dos preços da eletricidade.
Apesar deste cenário preocupante, os brasileiros têm uma ferramenta estratégica para apoiar a superação destas ameaças ao abastecimento elétrico: a energia solar. Ao ser usada para gerar eletricidade pelos próprios consumidores em seus telhados, fachadas ou ainda em pequenos terrenos próximos dos centros urbanos, a fonte tem colaborado de forma decisiva em prol da segurança de suprimento elétrico e da retomada econômica sustentável do Brasil.
Desde 2012, a geração própria de energia solar já trouxe ao país mais de R$ 30,6 bilhões em investimentos privados, feitos pela própria sociedade. Não bastasse o visível descompasso do Brasil neste mercado em relação aos demais países do mundo, há poderosos grupos de interesse empenhados em frear o crescimento da geração própria de energia solar. Com discursos parciais e incompletos, que ignoram os benefícios da geração própria de energia solar à sociedade brasileira, os defensores dos monopólios da distribuição de energia constroem cenários pessimistas, negativos e desfavoráveis para a modalidade, na tentativa de atrasar a concorrência que ameaça suas receitas e lucros sobre os consumidores brasileiros.
A geração própria de energia solar ajuda a diminuir os custos dos consumidores brasileiros: alivia a pressão sobre os reservatórios das hidrelétricas, com energia gerada a partir do sol em vez da água; reduz a necessidade de construir mais usinas geradoras e linhas de transmissão, com investimentos diretos da sociedade; reduz a compra de energia elétrica de termelétricas fósseis, mais caras e poluentes, com energia limpa, renovável e competitiva; reduz perdas elétricas, pois gera energia junto ou próximo de onde ela será usada; entre diversos outros ganhos sociais, econômicos e ambientais.
Com a aprovação do marco legal para a geração própria de energia renovável, por meio do Projeto de Lei (PL) nº 5.829/2019 e da emenda 16, o Brasil poderá avançar na diversificação da matriz elétrica brasileira e no fortalecimento da segurança de suprimento elétrico, temas fundamentais em tempos de crise hídrica e bandeira vermelha na conta de luz da sociedade.
FONTE: ABSOLAR